Nesse sentido, seria função do processo
educativo criar oportunidades que pudessem garantir aos jovens uma
vivência e um aprendizado das questões do mundo adulto, proporcionando o
fortalecimento de um autoconceito positivo, a formação de vínculos
saudáveis e o desenvolvimento de potencialidades e talentos, o que ao
mesmo tempo em que favoreceria os próprios jovens, contribuiria com a
construção de uma sociedade menos violenta e desigual. Além disso,
Antonio Carlos Gomes da Costa acredita que o envolvimento dos jovens em
projetos sociais e comunitários possa auxiliá-los na criação de projetos
de vida, elemento fundamental para o desenvolvimento pessoal e social
dos jovens.
A participação social dos jovens não é um elemento
novo na história brasileira, tendo se desenvolvido de acordo com o
contexto histórico e econômico a que estivemos submetidos. A juventude
dos anos 60 e 70 ficou notadamente conhecida pela sua participação
social e política, que teve nos estudantes seus principais
protagonistas, os quais tomavam as ruas para manifestar o
descontentamento não apenas com as questões estudantis da época, mas com
questões nacionais e mundiais.
A esta época, “política” era um termo aplicado quase
totalmente aos partidos políticos e as relações sociais eram fortemente
hierarquizadas, fruto do regime autoritário vigente no país. Além disso,
a juventude estudantil era uma juventude vinda de extratos sociais mais
favorecidos socialmente, justamente aqueles que tinham acesso ao ensino
universitário da época.
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